quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PROJETO SALA DE PROFESSOR DA E.E. PROF.ª ALDA G. SCOPEL DISCUTE SOBRE O USO DO LIED


Nos dias 28, 29 e 30 de setembro, a fomadora do Cefapro de Primavera do Leste, Gleibiane Silva David da área de tecnologia educacional realizou intervenções no projeto sala de professor da Escola Estadual Prof.ª Alda G. Scopel, contribuindo com o tema ” Uso adequado do Proinfo”.Durante esse momento refletimos  sobre como integrar as TICS ao processo ensino aprendizagem no intuito de promover uma aprendizagem significativa e muito mais prazerosa para os nossos alunos.
Iniciamos com uma discussão sobre a importância do LIED ser utilizado para desenvolvermos atividades que proporcionem a produção do conhecimento. Na seqüência conhecemos o que  é o Proinfo e as dimensões que este programa engloba.

sábado, 11 de setembro de 2010

III ENCONTRO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO

O Cefapro de Primavera do Leste realizou no dia 04 de setembro o III Encontro de Educação no Campo. O evento ocorreu na Escola Estadual João Borges Vieira na comunidade de Aparecida do Leste, município de Poxoréu, com a presença da Assessora Pedagógica, Secretário Municipal de Educação, Técnica da Superintendência de Formação da SEDUC Professora Daisy Primo, profissionais da educação das escolas do campo, Argemiro R. Pimentel e João Borges Vieira e representantes da comunidade, que não mediram esforços para receber a todos os participantes. O evento foi marcado por atividades culturais apresentadas pelos alunos da escola, exposição de artesanatos e alimentos produzidos na comunidade. Os formadores do Cefapro participaram com temas voltados para as escolas do campo, a professora Serlene Ana De Carli, tratou do Tema: Construção do Projeto Político Pedagógico para as escolas do campo, o professor Marcos Soares com o Tema: Diversidade educacionais no Currículo e no Projeto Político Pedagógico nas escolas do campo, o professor Jeremias Vasconcelos Batista com o Tema: Educação Ambiental na perspectiva da educação do campo e a professara Márcia Roza Lorenzzon com o Tema: Linguagem , Currículo vivo e contextualizado. As discussões possibilitaram a revisão, avaliação e reestruturação do PPP de acordo com as Diretrizes da educação do campo. O Encontro foi importante, pois permitiu a reflexão sobre a necessidade da construção de um currículo e PPP com identidade do campo.


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Limite da Propriedade da Terra no Brasil

A ocupação indiscriminada do solo brasileiro, a grilagem das terras indígenas e concentração de terras, ocorrem no País desde o período colonial, através das Capitanias Hereditárias, do Sistema de Sesmarias, era doadas pela Coroa Portuguesa grandes extensão de terras para pessoas abastadas. Durante o Período Regencial, por meio das Cartas Régias tentou-se em vão limitar o tamanho da propriedade. No final do século XVIII, com a expansão das atividades econômicas no campo, ocorre à estratificação da propriedade sesmeira, o fortalecimento do monopólio de terra e da aristocracia rural brasileira.

Percebe-se, que as políticas de ocupação do território brasileiro, adotadas por Portugal desde o início da ocupação do Brasil, foram excludentes, deixando claro que a terra e as riquezas produzidas no país não estavam ao alcance de todos. Esse modelo de ocupação foi responsável pela dizimação dos povos indígenas, pelos impactos ambientais sobre os biomas e a concentração fundiária que se configura até os dias atuais.

Sob a égide da Lei de Terras, surgem nas primeiras décadas do século XX as oligarquias agrárias, detentoras de grandes propriedades e do poder político local, regional e nacional. As normativas desta Lei perduram no Brasil até 1964, quando o governo militar cria o Estatuto da Terra, um Estatuto de “aparência”, usado para tão somente desarticular a luta pela terra das Ligas Camponesas, pois a reforma agrária prevista no Estatuto nunca foi implantada pelos militares. Sabe-se que a reforma agrária redistribuitiva, prevista no Estatuto da Terra, na Constituição Federal de 1988 e na Lei Agrária nº 8.629 de 1993, não ocorreu no Brasil porque, conforme explica Oliveira (2001) estudioso da questão agrária brasileira e matogrossense “as elites agrárias não têm permitido que o Estado implante qualquer política de Reforma Agrária no Brasil, apesar das tentativas de alguns governos, como as de João Goulart, que começara um processo de Reforma Agrária mas não teve tempo de executá-la, devido ao golpe militar em 1964.”

Em Mato Grosso, o processo de ocupação ocorreu da mesma forma como nos demais Estados brasileiros. Conforme explica Moreno (2007), “o território passou a ser ocupado internamente pelas classes agrárias e comerciais, que aspiravam ao poder político, o aparecimento dos coronéis oligárquicos é representado pelos usineiros do açúcar, pecuaristas e ervateiros que disputavam a hegemonia do poder político local”.

Posteriormente com “A Marcha para Oeste” incentivada por Getulio Vargas e o processo de ocupação em direção a Amazônia matogrossense na década de 1970, também incentivada pelos governos militares, Terras públicas e devolutas são vendidas indiscriminadamente a grandes colonizadoras e grupos econômicos que concentraram legalmente e ilegalmente milhões de hectares de terras.

Nesse contexto, ficou explícito o papel do Estado em legitimar o latifúndio e promover a mercantilização das terras públicas, vendendo-as a preços irrisórios a grupos econômicos nacionais e internacionais. A monopolização das terras nas mãos de poucos, vai contribuir para a exclusão de milhares de camponeses sem terra, para os conflitos nos espaços agrários do território matogrossense.

Entretanto, acreditava-se que o governo Lula realizaria a tão sonhada Reforma Agrária, mas infelizmente o sonho de milhões de trabalhadores rurais sem terra foi frustrado, acredita-se que o governo não mexeu na estrutura fundiária devido aos acordos firmados com as elites urbanas e agrárias, a oposição da bancada ruralista no Congresso Nacional, formada por representantes dos latifundiários e representantes do agronegócio, contrários à reforma agrária foi um grande entrave. Diferente de outros países como o Japão, Estados Unidos, Alemanha, Chile, Peru entre outros, o Brasil até hoje não conseguiu mexer na estrutura fundiária. O País se encontra na lista dos países com o maior índice de concentração fundiária do mundo. O Índice Gini em 2006 apontava o Brasil com uma concentração de 0, 872, este índice sinaliza uma estrutura agrária perversa.

Diante da magnitude do problema fundiário, da violência no campo, da luta pelo acesso a terra, das injustiças e da desigualdade social nos espaços agrários, o Plebiscito Popular pelo Limite da propriedade da Terra que está acontecendo no Brasil desde o dia 01 de setembro estendendo-se até o dia 07 é justificável. O plebiscito tem como principal objetivo: motivar a sociedade para refletir sobre o problema agrário brasileiro, a votação e participação do “abaixo assinado” que irá impulsionar a proposta de Emenda Constitucional que visa estabelecer efetivamente o limite para o tamanho da propriedade no Brasil.

Sabe-se que, acesso a terra significa para os milhões de pequenos camponeses sem terra a melhoria da qualidade de vida, o combate ao desemprego, à pobreza, a exclusão social, a segurança e a soberania alimentar brasileira. Dados do Censo Agropecuário de 2006 mostra a viabilidade produtiva da agricultura familiar que é responsável por 70% dos alimentos que chegam a mesa dos brasileiros. Portanto, limitar o tamanho da propriedade significa garantir o acesso a terra para mais de 4 milhões de agricultores sem terra, significa garantir o direito sagrado do aceso a terra.

“No começo a Terra era toda de Deus, que não deu documento, nem vendeu para ninguém, nem botou cercas. Agora o governo e os grandes pensam que são donos". (Lavradores brasileiros)



Profª. Ms. Serlene Ana De Carli

Professora Formadora da Educação do Campo Cefapro/pva

comunicação@limitedaterra.org.br

I Seminário Estadual de Tecnologia - Cefapro de Cáceres



Durante três dias os formadores da área de tecnologia educacional, gestores dos Cefapros, técnicos dos Lieds e professores,  reunidos no Cefapro de Cáceres para discutir, avaliar o uso das tecnologias nas práticas educativas e discutir a construção de uma rede de blogs e sites para interligar os Cefapros e as unidades escolares. Durante o evento, serão apresentados casos de sucesso, pelas escolas, na utilização de recursos da informação e comunicação. Iniciamos com a palestra Prof.º Ms. Edevamilton L. Oliveira (Coordenador de Formação em Tecnologia Educacional, da SUFP) - Palestra: “Navegando, tecendo e edificando a tecnologia educacional”. No período vespertino foram oferecidos mini-cursos com diversas temáticas relacionadas ao uso da tecnologia. 
Nos Dias 02 e 03 de setembro temos a presença do Prof. Alberto José da Costa Tornaghi “ Tecnologia” – Dr. em Engenharia de Sistemas pela Coppe/UFRJ analisando os casos de sucesso e palestrando, lembrando que este é o consultor do MEC para o Curso de Tecnologias na Educação(100h).