Trabalho apresentado durante o I Seminário Regional de Educação e Formação Continuada organizado pelo Cefapro de Primavera do Leste, participaram representantes de escolas da Rede Estadual dos municípios Campo Verde, Gaúcha do Norte, Paranatinga, Poxoréu, Primavera do Leste e Santo Antônio do Leste.
ÂNGELA
TEN CATEN DE SOUSA[1]
ORISLENE
FORTUNATO DA COSTA ANDRADE[2]
ADÃO
LUIZ PATROCINO[3]
ANDERSON
QUINTAMILHA[4]
O presente texto relata uma
intervenção pedagógica realizada com dois alunos do sétimo ano do ensino
fundamental, ambos com 15 anos de idade, que não reconhecem todas as letras do
alfabeto e, por conseguinte, não conseguem ler nem escrever. Objetivou-se contribuir no processo de alfabetização e
letramento dos mesmos com atividades lúdicas durante as aulas de ciências, uma
vez que a alfabetização é entendida como uma aprendizagem necessária para todas
as áreas de conhecimento, sendo assim, ela não está restrita ao sistema da
língua portuguesa e da matemática, mas se amplia para todos os sistemas de
conhecimentos escolarizados (MATO GROSSO, 2019, p. 10). A referida intervenção
foi realizada no Centro de Educação de Jovens e Adultos - Getúlio
Dornelles Vargas, no município de Primavera do Leste- MT, por cinco semanas,
com dois alunos que provavelmente possuem deficiência intelectual, porém não há
laudo na escola que ateste. Após a explanação do conteúdo de ciências para a
turma, os alunos receberam atividades diferenciadas dos demais colegas de sala,
tais como seguem: colorir o alfabeto que possui ilustrações que correlacionam o
desenho e a letra inicial do seu referido nome; pintar as vogais nas palavras;
recortar palavras de revistas que iniciem com...; bingo das letras do alfabeto,
usando cartelas que foram completadas com letras à escolha do educando; jogo:
tapa certo com as letras do alfabeto, em que o aluno batia sobre a letra
sorteada; atividades com encontros vocálicos; atividades que estimulem a
coordenação motora e concentração como: ligar tracejados, fazer contornos e
colorir desenhos, desenhar, alinhavar materiais perfurados, montar
quebra-cabeça. Durante as aulas foi possível verificar que ambos os alunos
possuem ótima coordenação motora, colorindo com criatividade e capricho os
desenhos recebidos, e ligando tracejados com facilidade. Porém para preencher
as cartelas do bingo necessitaram pesquisar o alfabeto ilustrado, e durante o
jogo, algumas vezes precisaram visualizar a letra para achá-la e marca-la. Um
dos alunos apresentou muito interesse, concentração e boa habilidade em montar
quebra-cabeças além de realizar tudo o que era proposto sem se opor, o que não
ocorreu com o outro aluno. Ambos gostaram de jogar o tapa certo. Ao juntar as
vogais para formar as palavras, algumas vezes obtiveram êxito, porém, em boa
parte das vezes, ficaram chutando a palavra formada. Após cinco aulas, foi
possível verificar que os alunos realizaram o que era proposto, mas não foi
possível observar evolução na aprendizagem, demonstrando que necessitam de mais
tempo para tal, e assim a intervenção irá ocorrer até que os mesmos terminem a
disciplina, permitindo assim maior possibilidade de alfabetização.
PALAVRAS-CHAVES: Alfabetização. Ciências. Intervenção
BIBLIOGRAFIA: Secretaria
de Estado de Educação de Mato Grosso. Metodologias
Ativas e sua relação com o ambiente facilitador de aprendizagem. SEDUC/MT, 2019.
[1] CEJA Getúlio Dornelles Vargas/ Primavera do
Leste/MT- angelatencaten@yahoo.com.br
[2] CEJA Getúlio Dornelles Vargas/ Primavera do
Leste/MT- orisapf@gmail.com
[3] CEFAPRO/Primavera do Leste/MT - alpatrocinio@gmail.com
[4] CEFAPRO/Primavera do Leste/MT - quintamilha@gmail.com
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