sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

PROJETO VIVÊNCIAS NA LITERATURA - JÚRI SIMULADO


Trabalho apresentado durante o I Seminário Regional de Educação e Formação Continuada organizado pelo Cefapro de Primavera do Leste, participaram representantes de escolas da Rede Estadual dos municípios Campo Verde, Gaúcha do Norte, Paranatinga, Poxoréu, Primavera do Leste e Santo Antônio do Leste.   



 Leônia Souza de Paula 1


O ensino da literatura na escola deve ser abordado como um instrumento motivador e desafiador, capaz de transformar o indivíduo em um sujeito ativo. Partindo desse pressuposto, o presente trabalho tem como objetivo despertar nos alunos o gosto e o prazer pela leitura da obra realista “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, reconhecendo assim o gênero romance como fonte de múltiplas informações e entretenimento. Além de compreender a importância da argumentação oral e escrita na defesa de um ponto de vista, bem como relacionar e diferenciar as informações expressas na obra com seus conhecimentos e sua visão de mundo. Proporcionando-os ainda, a vivência prática de um júri simulado como oportunidade de efetivação de conhecimentos culturais, históricos e jurídicos, a fim de garantir a sua formação crítica e emancipadora. Trata-se de um relato de experiência das atividades de intervenção ocorridas nas aulas Língua Portuguesa, a partir da temáticaMetodologia Ativa”, abordada no Projeto de Formação da/na Escola- Secretaria de Educação/MT. O projeto foi desenvolvido na escola Estadual Ulisses Guimarães, situada no município de Campo Verde (MT), no período de agosto a novembro 2019, com as turmas dos 2ºs anos do ensino médio dos cursos técnicos em administração e logística, os quais versaram sobre a dúvida de traição que perpassa a obra machadiana. Contou-se também com a participação dos pais, da equipe pedagógica, do gestor do Fórum e da juíza criminal da comarca do município. Para a coleta de dados valemo-nos da prática metodológica do júri simulado, na qual foi desenvolvida estratégias de ensino/aprendizagem em momentos distintos: explanação, contextualização, pesquisa, diagnóstico e roda de conversa. Realizou-se também, esclarecimento das etapas de aplicação, a escolha dos personagens e papéis do júri. Em sala, aconteceu além da leitura compartilhada, a exibição de outras adaptações cinematográficas e musicais. Na biblioteca, houve outros momentos de leitura, bem como, orientações das produções escritas individuais e coletivas, e por fim, atividades no contraturno, como ensaios, palestra com o gestor geral do Fórum e apresentação final in loco. Os resultados obtidos demonstram a participação e o envolvimento dos discentes, uma vez que estes desenvolveram competências linguísticas, tais como; a capacidade de interpretação, levantamento de hipóteses e diálogo, a partir do aprendizado ativo proporcionado por esta metodologia, ampliando assim, o exercício da oratória, produção de argumentos e contra-argumentos elaborados e diversificados. Conclui-se então, que, com base na percepção e execução de uma proposta ativa, faz-se necessário estimular prática de leitura literária em sala, de forma a ampliar o conhecimento, reforçar a autonomia e a responsabilidade do aluno como sujeito leitor, protagonista da própria aprendizagem.

Palavras-chave: Metodologia ativa. Literatura. Júri simulado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário